18 outubro 2009

Yôga a sério não é terapia!

O Yôga é uma filosofia. Sabe-se que tem sido comumente procurado para efeito de terapia e que tem sido "vendido" para tal, sobretudo por quem o utiliza com o objectivo principal de ganhar dinheiro.

Há então dois tipos de praticantes: os que procuram o Yôga por si e os que procuram os seus benefícios. Não discriminamos os segundos, mas os primeiros são mais gratificantes, uma vez que se dedicam, lêem, estudam e procuram aprimorar-se constantemente. Os que apenas procuram benefícios tendem a desvalorizar as técnicas mais profundas, são menos exigentes relativamente ao rigor e deixam-se levar com facilidade por quem acena com maior número de efeitos colaterais, mesmo que essa pessoa tenha uma formação dúbia e lhes proporcione uma série de técnicas exóticas, que nada tenham a ver com o Yôga - em boa verdade, nem chegam a perceber o quanto podem ser ludibriados, pois não atingem o conhecimento que lhes permitiria reconhecer as diferenças. Parte do nosso trabalho com os praticantes que procuram o Yôga como terapia, é que tomem consciência da nobreza do Yôga, comparada com os benefícios que mais não são do que migalhas.

É verdade que o SwáSthya Yôga produz efeitos espantosos muito rapidamente: fortalece e flexibiliza os músculos, trabalha fortemente a coluna vertebral, revitaliza os órgãos internos, melhora a qualidade do sono, dispõe bem, reduz o stress, regula o funcionamento de glândulas, reeduca a respiração, etc., etc. A lista de benefícios é imensa e extremamente atractiva para quem faz as contas entre custo/benefício, já que o Yôga fica muitíssimo mais barato e pode proporcionar bem mais do que as terapias.

O ballet não serve para curar a asma, como a música não serve para tratar o stress, ou a pintura para as dores da coluna. A meta do Yôga é o autoconhecimento e o samádhi.

Saiba, então, que se abraçar o SwáSthya Yôga, não terá "aquela coisa" muito paradinha, para relaxar, tipo água-com-açúcar, ministrada por um personagem exótico e com um nome esquisito. Um Yôgin sério não precisa de dar nas vistas e ser notado pela sua excentricidade, na tentativa de se mascarar para enganar os incautos.

O que temos para oferecer é uma prática ancestral, anterior ainda à codificação do Yôga Clássico, de extrema força e beleza, que para além de lhe proporcionar benefícios, o poderá levar a um conhecimento profundo de si mesmo, se assim o desejar.