tag:blogger.com,1999:blog-53459752218482648242024-02-20T20:29:18.923-08:00ady.estorilO SwáSthya Yôga no EstorilADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.comBlogger42125tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-5249589157705429132015-09-21T09:56:00.000-07:002015-09-21T09:56:08.315-07:00Generosidade<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOmbCjVvvoUvrfnkmI1IC7_Oh4Jqp3eCncWiHyap1TP1AtNkF5xs5zUw4-iYWFD16Mh3LnEkphc3Yf-HQM0AJfJ1tx1xVzNGCeshr544HU4GH5509aqHtGsBRMJZ19b-H2lcmb1Vi4H3Pm/s1600/11150579_414503782085664_7986801619075156555_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOmbCjVvvoUvrfnkmI1IC7_Oh4Jqp3eCncWiHyap1TP1AtNkF5xs5zUw4-iYWFD16Mh3LnEkphc3Yf-HQM0AJfJ1tx1xVzNGCeshr544HU4GH5509aqHtGsBRMJZ19b-H2lcmb1Vi4H3Pm/s200/11150579_414503782085664_7986801619075156555_n.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS';"><span style="color: #741b47;">O neurocientista português António Damásio identificou o
córtex pré-frontal como a zona do cérebro responsável pela generosidade. Num
estudo publicado na revista “Biological Psychiatry”, a psicóloga americana
Sarina Saturn, da Universidade do Oregon, verificou que o sistema nervoso
simpático e parassimpático são activados perante imagens de actos de compaixão.
Testemunhar um acto altruísta desperta no indivíduo o impulso da generosidade e
gera empatia. O neurocirurgião João Lobo Antunes concorda e em entrevista ao
jornal Expresso (04/06/2015) diz que “sim, a bondade é contagiosa – o problema
é haver tanta gente vacinada contra ela...”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS';"><span style="color: #741b47;">Que vacina poderosa é essa, que impede a manifestação de um
impulso natural? Os estudos de Gregory Berns, professor de ciências
comportamentais na Universidade de Emory, levam-no a afirmar que o impulso
altruísta para cooperar nos está gravado biologicamente. Mais longe ainda vai
Dacher Keltner, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, que
descobriu que outros aspectos físicos seguem uma programação de bem estar
durante actos de generosidade: o ritmo cardíaco desacelera, o sistema nervoso
autónomo descontrai e a produção de oxitocina, a hormona do amor, aumenta. Tudo
se conjuga para maximizar o bem estar e prazer interiores durante o exercício
da generosidade e, nesse sentido, é algo que melhora a satisfação do indivíduo,
da qual depende a qualidade do sistema imunitário e a condição geral de saúde. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS';"><span style="color: #741b47;">Que vacina poderosa é essa, que impede a manifestação de um
impulso natural? A generosidade não só é estimulada no praticante de Yôga, como
no caso do Yôga Antigo (Swásthya Yôga) ela é tão valorizada, que lhe é
consagrada uma das oito partes da prática ortodoxa (a segunda, o pújá). Há uma
eternidade que os mestres de Yôga sabem que a expansão da consciência depende
da capacidade de dar. A entrega espontânea e sentida dos melhores sentimentos consagra
o espaço em que a prática decorre, liga aqueles que praticam juntos numa mesma
vibração altruísta, une-os a toda a humanidade e ao cosmos através da dádiva. O
facto de ser executada com atenção plena, eleva os níveis de frequência
eléctrica do cérebro e aumenta determinadas amplitudes de banda (estes aspectos
foram já medidos por EEG, se bem que o praticante de Yôga adiantado conheça tão
bem os seus efeitos, que não precise de os ver confirmados pela ciência). Na
sequência das experiências efectuadas com monges budistas em meditação
compassiva, orientados pelo rinpoche doutorado em genética molecular Matthieu
Ricard, ficou claro que por força da diminuição de actividade nos lobos
parietais (responsáveis pela distinção do “eu” e do “não eu”), a concepção da
individualidade se esfuma e a de unidade ganha substância. Este aspecto ocorre
não só durante a prática de meditação, como também fora dela, caso se trate de
um praticante treinado. Assim sendo, quanto mais se pratica a generosidade,
menor o egoísmo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS';"><span style="color: #741b47;">Que vacina poderosa é essa, que impede a manifestação de um
impulso natural? O egoísmo, que tantos afirmam ser característica inata do ser
humano, isola-o e impede-o de desfrutar do bem estar físico que o altruísmo
desencadeia. É possivelmente sintoma de uma qualquer patologia que impede o
contágio da bondade na raça humana, tal como a conhecemos hoje. Um
condicionamento exterior à sua natureza, algo aprendido de fora, um padrão
tantas vezes reiterado que se tornou seu sem nunca ter sido? Que vacina
poderosa é essa?<o:p></o:p></span></span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: 'Trebuchet MS';"><span style="color: #741b47;">Lina
Chambel</span><span style="color: #4a442a;"><o:p></o:p></span></span></div>
ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-21014372558698591172015-09-17T10:19:00.000-07:002015-09-17T10:19:05.275-07:00O Individual e o Colectivo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3QPlzXMK7O4BfV1AygrHF7vTWreNeiiR_HytoGL_xsdki_fEWUAqQSgXVdIAlmo1hR5SsU3h5m_6vhGu4pO_FzLYCxXCnGL9y6m9MYsdQWOks-WvQHaBD7FQ8fW2pfXF4cPrzMqrIGMp-/s1600/images-3.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3QPlzXMK7O4BfV1AygrHF7vTWreNeiiR_HytoGL_xsdki_fEWUAqQSgXVdIAlmo1hR5SsU3h5m_6vhGu4pO_FzLYCxXCnGL9y6m9MYsdQWOks-WvQHaBD7FQ8fW2pfXF4cPrzMqrIGMp-/s320/images-3.jpeg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Hoje, mais do que nunca, valorizamos a individualidade. O elevado
nível de competitividade em que vivemos exige que cada um marque a sua
diferença, aprimore as suas mais valias e conquiste um lugar para si. É uma
afirmação exterior, que se vai construindo em paralelo com a imagem que
pretendemos que os outros tenham de nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O grupo ou grupos em que nos inserimos, são um factor
preponderante nessa construção. Escolhemo-los pela afinidade. Procuramos gostos
comuns, formas de estar semelhantes, ideias parecidas, comportamentos
idênticos. No fundo, reforçamos a nossa identidade, já que a bitola somos nós
mesmos. Validamo-nos através dos outros, provando que estamos certos nas
opções. Diz o ditado popular, “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. Há
uma boa dose de conforto e segurança no contacto com o “outro” igual ao “eu”,
para além de que ele preenche a necessidade de integração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">No entanto, é fora da zona de conforto que a evolução se dá. Muito
do conhecimento de nós próprios advém do contacto com os outros e não avança
muito se ficar limitado preferencialmente à constante recriação do “eu”. Na
diferença, podemos ser postos em causa, equacionar perspectivas e escolhas,
enquanto na semelhança tendemos a reiterar continuamente os mesmos padrões. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por outro lado, preferindo um determinado grupo de pessoas,
separamo-nos das outras. Se olharmos bem, há muito mais exclusão do que
inclusão nos nossos relacionamentos, mais separação do que união e essa é
provavelmente uma das maiores causas de sofrimento e violência no mundo
ocidental dos nossos dias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na nossa cultura, consideramos este mecanismo natural. A um nível
aparente, poderia ser, não fosse a capacidade inata que todos temos de nos
“sincronizar” uns com os outros. Quando dois seres humanos se encontram, ambos
geram um espaço comum, com uma identidade própria, onde nenhum deles é sujeito
e objecto e onde ambos se ampliam através da ressonância da humanidade comum. A
empatia brota naturalmente, a menos que os indivíduos coloquem barreiras
capazes de a bloquear. É muito mais o que nos une do que o que nos separa. A um
nível profundo, a comunhão com outro ser humano, independentemente das
aparentes semelhanças ou diferenças, permite a vivência das verdadeiras
qualidades de cada um, livre de preconceito. Só quando conseguimos deixar de
lado os julgamentos, podemos apreciar em pleno o outro e a sua singularidade
única. <o:p></o:p></span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Afinal, é perda de tempo querer provar ao mundo o quanto valemos,
é inglório refugiarmo-nos na semelhança do grupo: cada um de nós é peça inédita
na engrenagem gigante da humanidade e essa é só uma. Encontra-se essencialmente
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ligada nos níveis inferiores e
superiores da consciência, com vínculos indestrutíveis, por muito que queiramos
fazer valer as diferenças. É tempo de mudar de perspectiva e ajustar o foco. Na
conexão de todos, cada um é único.<o:p></o:p></span></div>
ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-49360203500714385452015-01-02T20:28:00.000-08:002015-01-03T05:35:48.169-08:00A Voz Interior<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBSScq71S7lpqEFlTzxEEdN2a6ELUgkznxTQdIxUKRkPpQZELZjVpvM1LIy9JReYHW39fa78zSw0dkf8zaYRtt-2XV-zdTGHF8gvSWurepMJ8fiNpkG7ZFhm4-jAsw_qs7yBK6kRwIBUJq/s1600/innner-voice.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBSScq71S7lpqEFlTzxEEdN2a6ELUgkznxTQdIxUKRkPpQZELZjVpvM1LIy9JReYHW39fa78zSw0dkf8zaYRtt-2XV-zdTGHF8gvSWurepMJ8fiNpkG7ZFhm4-jAsw_qs7yBK6kRwIBUJq/s1600/innner-voice.jpg" height="200" width="192" /></a><span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O mundo de fora entra constantemente pelas janelas dos sentidos. É por meio destes que vamos construindo o conhecimento que temos do mundo, das coisas e das pessoas. Há algo mais, no entanto. Impressões internas, por vezes fugazes, que não sabemos muitas vezes o que são exactamente, nem como lidar com elas. São pequenos nadas, sensações, sentimentos, </span><span style="color: #073763; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span><span style="color: #073763; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">aparentes </span><span style="color: #073763; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">coincidências, algo que se vê, ouve ou lê e fica a ressoar. Não provêm da mente, embora deva ser esta a equacioná-los em seguida, com abertura genuína para que os possa observar com clareza. São expressões da voz interior, ou interferências da inteligência superior, se assim preferir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tudo em nós está ligado e se interpenetra. Por isso o corpo pode manifestar essas interferências da inteligência superior sob a forma de sensações físicas, por exemplo uma pressão no peito, um aperto no estômago, uma sensação de contracção ou por outro lado de expansão, leveza, ou outras. Podem ocorrer sentimentos inexplicáveis de alegria, por exemplo ao olhar pela primeira vez para alguém que se acabou de conhecer, ou um impulso inexplicável. Algo pode também surgir na sua mente sem que o tenha pensado, eventualmente desenquadrado e fora de propósito, como um flash.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No entanto, há impressões que surgem de fora, mas que ressoam em nós incompreensivelmente. Podem aparecer num livro oferecido por alguém, um video que foi recomendado, coincidências em que é difícil não reparar, uma imagem que desperta particularmente a atenção ao passar na rua, um número em que se repara e se repete, uma palavra que surge insistentemente, ou uma cor, uma forma, uma música que não sai da cabeça…</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A vida corre à milésima de segundo e para reparar nestas impressões subtis é necessária uma pausa para as observar e registar. Estar descontraído ajuda, mas o que faz a diferença é mesmo estar presente no momento e prestar atenção tanto ao exterior como ao interior, em diálogo contínuo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #073763; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não serão de esperar conceitos completos, estas informações são fragmentadas. Por vezes, peças de um puzzle que se vai formando aos poucos. Necessitam de confiança para que continuem a manifestar-se, abertura para que o julgamento não as descarte prematuramente e se percam. Constituem a expressão da voz interior, que pode não parecer coerente, ser incompreensível até, mas que em determinado momento pode fazer todo o sentido. Dar-lhes espaço é uma procura de alinhamento com a verdade de si mesmo. É estreitar laços com o que é genuinamente seu e a que pode dar expressão, de forma a materializar o contributo único do ser único que é, capaz de co-criar o mundo à sua volta.</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #3d85c6; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Lina Chambel</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-75026466911212307932014-12-18T10:19:00.000-08:002014-12-18T10:19:30.256-08:00Livre Arbítrio e Karma<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwa_MsFtMO3Es7HmfjfWVZTSt6gSsS5hnhgSE6EBfAzshbee_yPNVpZs321-tkYqzxvLt5GW9kRMqF2po9MYsEX3cDt7S-LsZSCLxYkTMzBjb2jxgpMsLEGkSHrbRcYhsdbLJ6Pqagxmmn/s1600/Horacio_Cardozo_11.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #741b47;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwa_MsFtMO3Es7HmfjfWVZTSt6gSsS5hnhgSE6EBfAzshbee_yPNVpZs321-tkYqzxvLt5GW9kRMqF2po9MYsEX3cDt7S-LsZSCLxYkTMzBjb2jxgpMsLEGkSHrbRcYhsdbLJ6Pqagxmmn/s1600/Horacio_Cardozo_11.jpg" height="200" width="200" /></span></a><span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Karma (acção) e livre arbítrio, ou o exercício da escolha/decisão parecem estar indissociavelmente ligados. É uma relação relativamente simples de compreender ao nível do indivíduo - cada acção gera uma reacção. Fácil - se alguém plantar cenouras, cenouras colherá e não outra coisa qualquer. De resto, tem-se escrito e falado tanto sobre o tema, que há já todos têm com ele algum grau de familiaridade.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sabemos também que a liberdade que temos para escolher depende de factores externos de ordem política, legislativa, económica ou outros, mas também do conhecimento de cada um. Ninguém pode escolher aquilo que desconhece e nessa medida, quanto maior for o conhecimento, maior o leque de escolhas disponíveis. Fácil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fácil quando tudo é compreendido ao nível da consciência densa do <i>eu</i>. Algum tipo de realinhamento se impõe à medida que essa consciência se vai refinando e acedendo a níveis cada mais elevados - é esse o objectivo da prática de Yôga que desenvolvemos. O que acontece quando verificamos que aquele <i>eu</i> que julgávamos ser e do qual éramos tão ciosos não passa de uma ilusão? Como fica tudo quando nos diluímos, fundimos e nos tornamos parte integrante de um <i>nós</i> que nos ultrapassa tanto, que nem lhe conhecemos os limites? Como fica o Karma, de quem é o livre arbítrio?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nessa caminhada de ampliação das percepções, vamo-nos apercebendo de que funcionamos em diversos níveis em simultâneo, que correspondem a níveis de consciência diferentes. Embora a realidade do <i>eu</i> pequeno e denso não conceba as outras mais amplas, elas estão lá, em plena acção e a partir de determinada dimensão não se referem apenas ao <i>eu</i> individual, embora interfiram fortemente com ele. De que modo interferem no karma e no livre arbítrio? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Até que ponto algumas das nossas acções são da decisão exclusiva do indivíduo e até que ponto são fruto de planos maiores, que incluem mas excedem o indivíduo? Até que ponto se exerce o livre arbítrio de forma expontânea, com a interferência apenas do eu denso? Será que aquilo que a nossa mente pensa que está a escolher não foi já escolhido antecipadamente pelo <i>nós</i>; ou será que por outro lado o <i>eu</i> tem que aprender a incluir o <i>nós</i> nas suas decisões - ambas as variáveis podem até acontecer em simultâneo. Têm tanto que se lhe diga, tantas implicações, que muitas mais reflexões serão necessárias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Seja como for, esta perspectiva implica uma responsabilidade tremenda em cada escolha e em cada acção. E se quem me está a ler pensa que é dono e senhor das suas decisões e que elas não dizem respeito a mais ninguém, peço-lhe que recorde algumas das que já tomou e que verifique se não terão gerado consequências noutros seres. Será que alguém pode dizer em consciência: "eu faço o que quiser e ninguém tem nada a ver com isso"; ou até "sou dono e senhor das minhas acções"?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se quem me está a ler já viveu a experiência magnífica do <i>nós</i>, conhece essa força, energia e míriade de emoções e sentimentos, quiser reflectir comigo, deixo o contacto de email: ady.estoril@gmail.com.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #741b47; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-25574335077199526182014-01-24T13:22:00.000-08:002014-01-24T13:22:24.143-08:00TAPAS e o Poder Interno<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ4sipmnrRVVxOyySt70-jpkkVXDcYRNjJf1EM_vIKBllup-Om8P-NN22E-3yfD8cUwA_jFKcEgoqEH5vyIYqTU9j2PUKuIbTeTrdTTSqJAeUvLMjQ-C02-eFvyAEHqLvAupg0C5Q-wjoi/s1600/fire_dance_by_tomer666-d1tvor0.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ4sipmnrRVVxOyySt70-jpkkVXDcYRNjJf1EM_vIKBllup-Om8P-NN22E-3yfD8cUwA_jFKcEgoqEH5vyIYqTU9j2PUKuIbTeTrdTTSqJAeUvLMjQ-C02-eFvyAEHqLvAupg0C5Q-wjoi/s1600/fire_dance_by_tomer666-d1tvor0.png" height="200" width="200" /></a><i>Tapas</i> é uma das prescrições do código de ética do yôgin. É um termo em Sânscrito, que deriva da raiz <i>tap</i>, que significa calor ou ardor. Designa a auto-superação, num esforço constante do indivíduo para se melhorar em todos os aspectos e circunstâncias. Ao invés de se poder associar a algum tipo de disciplina fundamentalista, é muito mais o hábito de abraçar desafios escolhidos por si mesmo, pondo-se à prova e levando mais longe as suas potencialidades. Além de ser estimulante, é de natureza extremamente criativa.<br />
<br />
A metodologia do Yôga, no caminho para a expansão da consciência, pretende aproximar as capacidades humanas do nível da excelência. Muitos são os obstáculos, sobretudo sob a forma de condicionamentos culturais e individuais mais ou menos enraizados, que nos prendem a padrões de comportamento ou de concepção que provavelmente nunca questionámos. Será que os queremos? Será que temos a força suficiente para os mudar se não os quisermos? São questões directamente relacionadas com a liberdade de escolha e a força para vencer obstáculos. Sobre esta última há ainda que medir o que é mais forte, eu ou o obstáculo?<br />
<br />
Durante a prática das técnicas de Yôga, observamos que podemos ir cada vez mais além, tal só depende da regularidade da prática e do esforço e aplicação da vontade na sua execução. Ora como nenhuma das técnicas é meramente física, essa aplicação da vontade é também exercida sobre as emoções e a mente, reeducando-as em contínuo. Esse é já um desfio tremendo, mas sendo o Yôga uma filosofia de vida, o desafio maior é fazer exactamente o mesmo exercício na vida diária, fora da sala de prática. Trata-se de aceitar e compreender as suas fraquezas para crescer através delas, manter a mente aberta para escolher o que quer para si, estabelecer os seus próprios limites com base na sua ética e autoconhecimento e até ser capaz de dizer não quando todos os outros dizem que sim, sem recear a opinião alheia.<br />
<br />
O conceito de <i>tapas</i> não envolve que o indivíduo se force a coisa alguma, mas antes que adquira a força para se levar até onde quiser. Requer conhecimento, desenvolve a consciência da liberdade individual e confere segurança interna e um poder cada vez maior sobre si mesmo. É em boa medida o calor ou fogo que tempera o aço da vontade.ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-4437429238317909032013-02-01T13:25:00.000-08:002013-02-01T13:25:52.134-08:00Circunstância e Carácter<span style="color: #674ea7;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf_bnWjOqOD36Ddd1todDh-SoRC2VTxt0MWgCth0s5pPcBeV8JddW4_GjaSqJnT_WVn5a4OQCQL-j4meEk4DzhU6YuXGjR4cu8dKNUuG07XFIbyT3gGqLgRlF8CdEalFieRev8zK7_B_Rm/s1600/ortega.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf_bnWjOqOD36Ddd1todDh-SoRC2VTxt0MWgCth0s5pPcBeV8JddW4_GjaSqJnT_WVn5a4OQCQL-j4meEk4DzhU6YuXGjR4cu8dKNUuG07XFIbyT3gGqLgRlF8CdEalFieRev8zK7_B_Rm/s320/ortega.jpg" width="240" /></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #674ea7;">Temo que neste
momento da história a Humanidade tenha chegado ao ponto de valorizar a
circunstância em detrimento do carácter, a reacção em detrimento da acção. Com
o crescimento da individualização, foi-se perdendo a consciência social, o
grupo foi sendo cada vez mais desvalorizado, a ponto de assistirmos hoje a uma
deteriorização assustadora das relações humanas. O indivíduo ficou sozinho,
rodeado pela inércia de uma massa grande demais para aceitar a sua influência.
Não sabe quem é nem que sentido dar à sua vida; reage às circunstâncias
sucessivas que se lhe apresentam sem um rumo a que possa chamar seu e sem
reflectir nas suas próprias acções. Nunca como agora se falou tanto em
liberdade e provavelmente o Homem nunca teve tão pouca como agora. Por onde
anda a metafísica, capaz de preencher este vazio existencial? Está por todo o
lado e ao alcance de qualquer um que a queira encontrar, bastando para tal que
haja a capacidade para acreditar em algo e em si mesmo.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="color: #674ea7;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #674ea7;">Foi Ortega y
Gasset que formulou a questão de forma brilhante através da frase: «Eu sou eu e
a minha circunstância». Para logo de seguida acrescentar: «Se não a salvo a ela
(circunstância), não me salvo a mim». Ou seja, se o poder for atribuído à
circunstância, fica o indivíduo à deriva perdido. No fundo, é mais simples do
que parece à primeira vista. As circunstâncias são um fluxo contínuo e extremamente
heterogéneo de experiências <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que a vida
nos apresenta. Através da forma como cada um reage, vai moldando o seu carácter
(algo mais sólido do que a personalidade, já que esta adquire nuances
diferentes a todo o momento). O carácter pode conquistar a firmeza e segurança suficientes
que lhe permitam criar as circunstâncias que deseja e moldar a realidade à sua
medida. É no momento em que o indivíduo deixa de ser reactivo e passa à acção
que ganha verdadeira liberdade. Até aí não tem o poder de escolher, não
enquanto se mantiver à mercê das circunstâncias.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="color: #674ea7;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #674ea7;">São uma
desculpa fácil, as circunstâncias, sobretudo para a mediocridade. É comum
ouvir-se: «Foram as circunstâncias... se tivessem sido outras, tudo teria corrido
de forma diferente.» Um ser maduro e culto assume a responsabilidade das suas
decisões, porque sabe que tem tantas para escolher quantas as cores que um
pintor conseguir ter na sua paleta. Uns mais, outros menos, até porque a arte
de misturar as cores requer paciência, treino e perícia; ou seja, conhecimento.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="color: #674ea7;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #674ea7;">Nem sempre a
filosofia ocidental e a oriental estão de acordo, mas Ortega y Gasset e o Yôga
Antigo concordam neste ponto. Diz Ortega: «Paz e cultura têm um valor recíproco
no meu vocabulário: paz é a postura da alma culta e cultura é o cultivo». O
Yôga Antigo aponta o autoconhecimento conseguido através de técnicas práticas
como caminho. Liberdade, responsabilidade, capacidade de interacção do
indivíduo com o mundo que o rodeia são também aspectos comuns e intimamente
relacionados com a formação e refinamento do indivíduo.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="color: #674ea7;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #674ea7;">Como forma
de recomendar a obra <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Rebelião das
Massas</b>, de Ortega y Gasset, de onde foram retiradas as citações anteriores,
deixo a transcrição de dois trechos sobre o tema:<o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="color: #674ea7;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i><span style="color: #464545; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="color: #674ea7;">«A vida, que é, antes
de tudo, o que podemos ser, vida possível, é também, e por isso mesmo, decidir
entre as possibilidades o que em efeito vamos ser. Circunstâncias e decisão são
os dois elementos radicais de que se compõe a vida. A circunstância – as
possibilidades – é o que da nossa vida nos é dado e imposto. Isso constitui o
que chamamos o mundo. A vida não elege o seu mundo, mas viver é encontrar-se,
imediatamente, em um mundo determinado e insubstituível: neste de agora. O
nosso mundo é a dimensão de fatalidade que integra a nossa vida.»<o:p></o:p></span></span></i></div>
<span style="color: #674ea7;">
</span><i><span style="color: #464545; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="color: #674ea7;">« É, pois, falso dizer que na vida «decidem as circunstâncias». Pelo
contrário: as circunstâncias são o dilema, sempre novo, ante o qual temos de
nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.»</span></span></i><br />
<div align="right">
<span style="color: #464545; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="color: #674ea7;"></span></span><span style="color: #674ea7; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lina Chambel</span></div>
ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-44703599766919320112012-04-11T16:55:00.010-07:002012-04-12T13:13:23.325-07:00Um Outro Modelo de Humanidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELiy6LWHk993cxy76iDk6b4znt6PoV8ppJ30Za2TzqzgLvU8eEkBKqrNZLbS4oBaGHNStLA2gwwmn0NF2EDlkAWOkxKXyx0oFGn0MQEoie47xCj91eeF-VM-5crGIBbzdRmMrVzv2JKXw/s1600/homrem-natureza.jpg"><img style="margin: 0px 0px 10px 10px; width: 200px; height: 190px; float: right; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5730609425977951522" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgELiy6LWHk993cxy76iDk6b4znt6PoV8ppJ30Za2TzqzgLvU8eEkBKqrNZLbS4oBaGHNStLA2gwwmn0NF2EDlkAWOkxKXyx0oFGn0MQEoie47xCj91eeF-VM-5crGIBbzdRmMrVzv2JKXw/s200/homrem-natureza.jpg" /></a><div><div><div>É curioso que seja precisamente no momento de instabilidade económica e social que vivemos, que as Nações Unidas chamem a atenção para a necessidade de encontrar um indicador de sucesso de um país diferente do PIB (Produto Interno Bruto). Já há décadas atrás, em 1972, surgiu no Butão o conceito de FIB (Felicidade Interna Bruta), elaborado pelo rei desse país, em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Este conceito integrava nove indicadores para medir a qualidade de vida, que compreendiam o bem estar psicológico, a saúde, forma de governar, o padrão de vida, a educação, a cultura,o uso do tempo, a vitalidade comunitária e a resiliência ecológica.</div><div>Os estudos mais recentes comprovam que os países mais ricos não são necessariamente aqueles onde as pessoas são mais felizes. Ban Ki-moon, o secretário-geral das Nações Unidas declarou que o bem-estar social, económico e ambiental são indivisíveis. O relatório Felicidade Mundial para a Conferência das Nações Unidas sobre Felicidade, elaborado pelo Instituto da Terra da Universidade da Columbia, sublinha o seguinte: «Os indivíduos importam-se em grande parte com o seu prazer especialmente através do seu consumo. (…) Cada vez mais entendemos que precisamos de um modelo de humanidade muito diferente.»</div><div>Que modelo diferente de humanidade será esse? Poderemos entender que obtemos satisfação quando as nossas necessidades se encontram satisfeitas. A questão fundamental será precisamente a redefinição das necessidades. No séc. XX assistimos a um avanço tecnológico surpreendente e seria de esperar que toda essa tecnologia permitisse maior facilidade e qualidade na produção dos bens que consumimos, proporcionando-nos mais tempo livre para o lazer. Não foi assim. Em vez disso, estimulou-se o consumo para escoar uma quantidade e variedade crescente de produtos, uns necessários outros nem por isso, mas que acabam por constituir, todos juntos, uma carga orçamental pesada, que nos obriga a trabalhar mais para a poder satisfazer.</div><div>Muitos dos produtos que adquirimos parecem satisfazer desejos que deixam de o ser depois de o produto estar na nossa posse. Como exemplo, está aquele sonho de ter o carro X da marca Y, que nos proporciona imenso prazer quando conseguimos comprar, tanto que chega a dar-nos uma sensação de vitória pessoal. Só que pouco tempo depois de vencer esse desafio já precisamos de outro, até porque a marca Y acabou de lançar o modelo K que tem uma performance muito superior e é lá que o nosso desejo se fixa agora. Poderíamos ponderar se é o bem em si que nos atrai ou se é o desafio de ser capaz de o obter que fala mais forte.</div><div>Há depois aqueles produtos maravilhosos, com uma variedade de funcionalidades práticas que os tornam irresistíveis, cuja posse nos inclui no grupo restrito de privilegiados que os pode adquirir. Afinal até resolvem uma série de problemas, embora possa não ser oportuno, bem vistas as coisas merecemos. É como aquele anel magnífico que estava na montra da ourivesaria, que mesmo sendo caro pode ser pago por várias vezes, de forma suave. Enfim, dá logo um aspecto diferente a quem o usa, não é para qualquer um. </div><div>Estes bens de que nos rodeamos ajudam a afirmarmo-nos perante os outros, valorizando-nos aos seus olhos. Condicionam a consideração, respeito e atenção que deles recebemos às primeiras impressões. Percebendo esta mecânica, compreendemos de repente que, à medida que alguém nos vai conhecendo melhor, estes detalhes exteriores vão perdendo importância. O julgamento do outro pode até mudar radicalmente através da forma como nos relacionamos e das características interiores que o vamos deixando perceber. No entanto, esse julgamento fica por conta do outro e o sujeito deixa de o poder filtrar na totalidade. Será por isso que os relacionamentos que estabelecemos tendem a ser cada vez mais fugazes e inconsequentes? É sem dúvida mais fácil parecer do que ser. Também é mais confortável sermos nós próprios a escolher a imagem que queremos que tenham de nós, mas só o podemos fazer enquanto o relacionamento com o outro se mantiver superficial e formos preenchendo o vazio do conhecimento interior pelos sinais que os bens exteriores evidenciam.</div><div>Se olharmos bem fundo para a forma como vivemos actualmente, em especial nas grandes cidades, a palavra isolamento pode ser a que melhor nos define: temo-nos afastado progressivamente da natureza, dos outros e mesmo de nós próprios; até porque deixámos de ter tempo. O tempo é hoje uma palavra-chave, sobretudo pela sua ausência. Não temos tempo para intervir na comunidade em que vivemos, dando o nosso contributo para o bem comum; falta tempo para estar com os amigos e a família, para desfrutar do habitat em que vivemos e ainda para cuidar de nós. A velocidade a que vivemos impede as pausas necessárias para equacionarmos o nosso comportamento, a forma como lidamos com as nossas emoções e como compreendemos o mundo. É sempre mais fácil recorrer a uns anestesiantes, eventualmente validados por receita médica, de efeito rápido e eficaz. </div><div>Por outro lado, confundimos prazer com felicidade. Enquanto a última é um estado duradouro, que brota de dentro do indivíduo, o prazer é fugaz e depende de estímulos externos. No entanto é fácil e enquanto nos mantemos ocupados com a satisfação de um após outro, vamo-nos entretendo com as migalhas de um bolo muito mais saboroso de que não nos conseguimos aperceber.</div><div>A humanidade privilegia hoje o fácil, o rápido, o barato, o aparente e a quantidade em detrimento da qualidade. Voltamos ao início: que outro modelo de humanidade poderíamos ter?</div><div>Começaria por ter que recuperar o respeito e a ligação com o seu habitat natural, reconciliando-se com a natureza e com os animais que consigo a partilham. Teria que regressar a um modelo social de pequenas comunidades em que cada indivíduo tem a sua função específica e é reconhecido por quem é, pelo papel que desempenha e não pelo que aparenta. Teria que viver com mais simplicidade, com menor quantidade de bens e utensílios, eventualmente com alto índice de sofisticação na sua funcionalidade, que preenchessem necessidades reais e proporcionassem tempo livre para descanso e lazer. Teria que ser governada segundo um modelo que servisse os seres humanos em vez de se servir deles como índices de consumo, força de trabalho e capacidade de produção. Seria preciso que o dinheiro deixasse de ser o valor mais importante e que esse fosse dado ao homem e à natureza.</div><div>Muitos outros aspectos deveriam também ser considerados num estudo mais alargado. Esta é uma reflexão pessoal no meio de muitas outras que vão surgindo por todo o lado. Vai crescendo o desejo de mudar os padrões de vida. Quem sabe a próxima conferência das Nações Unidas sobre a Felicidade não acelera esse processo?</div><div align="right">Lina Chambel</div><div> </div></div></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-3118535831923803032012-01-30T09:02:00.000-08:002012-01-30T15:15:23.915-08:00O Salto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdZ9glK03B3qN-kSa9UCQyev8p9B060f5Arf9IhUMVqp72w5GbhHHFhM0RHfhMGCnpgimd_uQ-FN1AOMDfVIWisCm01FjfS69ldm8k2DGIc_IEwUOC412TGUUTTAElj0DdrcKqLDKkt2_6/s1600/bis.jpg"><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; width: 106px; height: 200px; float: left; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5703566947169673570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdZ9glK03B3qN-kSa9UCQyev8p9B060f5Arf9IhUMVqp72w5GbhHHFhM0RHfhMGCnpgimd_uQ-FN1AOMDfVIWisCm01FjfS69ldm8k2DGIc_IEwUOC412TGUUTTAElj0DdrcKqLDKkt2_6/s200/bis.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">Esta semana, a leitura de um texto na revista Visão fez-me refletir sobre os «saltos» que escolhemos dar e a forma como esses «saltos» refletem a nossa forma de estar na vida. Passo a transcrever:</span><div><div align="justify"> </div><em>«<strong>O Salto</strong></em><br /><em>Um salto serve para olhares por cima de um muro durante alguns segundos.</em><br /><em> E sete saltos? Como agir se quisermos dar sete saltos? Eis, entre outras, uma das questões essenciais.</em><br /><em> Hipótese 1 - Sete saltos servem para olhares sete vezes por cima do mesmo muro durante alguns segundos.</em><br /><em> Ou, hipótese 2: sete saltos servem para olhares por cima de sete muros diferentes.</em><br /><em> São duas formas de existência. São dois tipos de animais completamente distintos.</em><br /><strong><em>Sobre o número de saltos certos</em></strong><br /><em>Mas lá por conseguires dar sete saltos isso não quer dizer que consigas dar seis saltos. E isto não é um paradoxo aleatório nem uma provocação. Deixa-me explicar.</em><br /><em> Repito: lá por conseguires dar sete saltos isso não quer dizer que consigas dar seis saltos.</em><br /><em>Ou seja, há quem não domine a chamada contenção: ser capaz de fazer mais, mas optar por fazer menos. E o que designamos como contenção pode também chamar-se elegância ou delicadeza.</em><br /><em> O que é um atleta? É alguém que, se é capaz de dar sete saltos, dá sete saltos. Sem hesitações.</em><br /><em> O que é um sábio? É alguém que é capaz de dar sete saltos e, por isso mesmo, dá apenas seis saltos.</em><br /><em> O que é o sábio ainda mais sábio? É aquele que é capaz de dar sete saltos, mas dá cinco.</em><br /><em> E o ainda mais sábio? O que dá um salto, sendo capaz de dar sete saltos.</em><br /><em> E, no meio disto tudo, o que é um preguiçoso? É aquele que é capaz de dar sete saltos e não dá nenhum.</em><br /><em> A diferença, portanto, entre o mais sábio dos sábios e um preguiçoso?</em><br /><em> Um salto.</em><br /><div align="right">Gonçalo M Tavares<em> in <strong>Visão</strong> (26/01/2012)</em></div><div align="right"> </div><div align="justify">A minha questão diz respeito à premissa inicial. Tendo por base a brilhante definição do autor do texto, segundo a qual «um salto serve para olhares por cima de um muro durante alguns segundos» Como explicar então o salto ao eixo que se observa por todo o lado? Que dizer da sua utilidade enquanto salto? Diria que nem é salto de verdade, já que a finalidade é bem outra - poderá quando muito constituir uma forma de utilizar as costas de alguém para se aproximar do muro.</div><div align="justify">Depois há os saltos que não servem para olhar por cima do muro, mas sim para ser visto do outro lado do muro. Então e se quem está do outro lado está distraído e não vê? Quanto tempo terá que se saltar até conseguir ser visto (se é que está alguém do outro lado do muro interessado em ver quem salta)?</div><div align="justify">Digo desde já que admiro os atletas, que sendo capazes de dar sete saltos os dão mesmo, com a segurança de quem aprendeu previamente a cair e a destreza própria de quem educou o seu ser para saltar. Provavelmente saltarão para olhar por cima de um muro mais alto em cada salto, procurando desafiar a sua performance. A contenção como forma de elegância ou delicadeza é sacrificada, em prol do aprofundamento da técnica do salto em si, mesmo que não haja nada de interessante para ver por cima do muro.</div><div align="justify">O sábio tem algo de gato quando salta. De todos os animais, é o gato que salta com mais elegância. Não o faz porque pode, visto que saltar é absolutamente natural nele. Salta quando quer ou quando é preciso e só saltará por sete muros diferentes se houver uma realidade diversa atrás de cada um. </div><div align="justify">O gato prepara o salto espreguiçando todo o seu corpo, de forma a que os músculos entendam o tipo de salto que vai dar, com os olhos postos no ponto a atingir. Depois projeta-se no ar com toda a segurança, para cair de pé no local previamente determinado. </div><div align="justify">Tal como o gato, o sábio não gastará as suas energias em sete saltos, podendo dar apenas um. Tal como o gato, escolherá o momento certo para que o salto seja perfeito. Não importará que alguém o veja saltar e menos ainda que alguém saiba que ele pode sequer saltar. Se chegar alguma vez a falar do seu salto, será para contar a alguém que algo existe para lá do muro, omitindo a sua capacidade natural para saltar.</div><div align="justify">O preguiçoso, que poderia dar sete saltos e escolhe não dar nenhum, ficará na ignorância de que bastaria um apenas para que se tornasse num sábio.</div><div align="justify">Depois de tudo, o que ficou foi o enorme desejo de ler a obra de Gonçalo M. Tavares, a começar por <strong>Uma Viagem à Índia</strong>. Presumo que tenha a contenção e elegância de quem, podendo dar sete saltos, escolhe um único salto perfeito, digno de um gato.</div><div align="right">Lina Chambel</div></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-73749352998199175982011-11-26T16:41:00.000-08:002011-11-27T11:54:16.448-08:00Sofrosina: da antiga Grécia para a atualidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvpvWEqY3KwlVdyLDuZa2sSbe7f5afw3dtxS2H_u5c3dAGwIkeE1xeHmdv7LjU7WNH-eJLhWFC0Yt9E8kfdGTX4YdQtY50P8RRsIV-zr42ABMJJlzcV-3D57cuyUxdOTxLNmWTx98DCx_0/s1600/apolo01.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 171px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679750002575369842" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvpvWEqY3KwlVdyLDuZa2sSbe7f5afw3dtxS2H_u5c3dAGwIkeE1xeHmdv7LjU7WNH-eJLhWFC0Yt9E8kfdGTX4YdQtY50P8RRsIV-zr42ABMJJlzcV-3D57cuyUxdOTxLNmWTx98DCx_0/s200/apolo01.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;"><em>Sofrosina</em> é um termo filosófico grego. Aparece em vários escritos da cultura clássica grega, sobretudo nos de Platão e relaciona-se de forma estreita com o conceito de harmonia de Pitágoras. Poderia ser traduzido por <em>moderação</em>, mas o seu significado vai mais longe e implica também o autocontrole, a prudência e o bom senso, adquiridos por via do autoconhecimento. Cabe perfeitamente na doutrina apolínea veículada pelo oráculo de Delfos nos seus dois lemas mais conhecidos: «nada em excesso» e «conhece-te a ti mesmo».</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;"><em>Sofrosina</em> corresponde ao comportamento saudável, que se opõe ao conceito de <em>húbris</em>. Este último refere-se ao excesso de autoconfiança e de orgulho, à presunção e arrogância, que resultam no desrespeito pelos outros e pelo alheio, podendo conduzir à insolência, às paixões desenfreadas e até mesmo à violência. Manifesta falta de controle, desequilíbrio e impulsos desenfreados. É o tipo de excesso de confiança que atinge alguém que se convence que nada de mal lhe pode acontecer e que sai fora da sua medida, enveredando por comportamentos suscetíveis de causar danos a si próprio e aos outros. A <em>húbris</em> pode desenvolver-se em alguém que atinge um grau de sucesso satisfatório e deixa de ponderar suficientemente as suas decisões e os seus atos, bem como os riscos que estes envolvem. Foi este comportamento que levou à ruína o herói da tragédia grega Édipo (de Sófocles), que mata o pai desconhecendo o parentesco que os une; foi ele que levou mais tarde o Doutor Fausto (de Christopher Marlowe) a vender a alma ao diabo; é o mesmo que leva hoje inúmeros empresários à queda depois de um percurso de sucesso.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;">Ambos os conceitos se mantêm extremamente atuais e descrevem formas de estar assumidamente antagónicas nos dias que correm. O mundo do dinheiro em que vivemos exige sucesso rápido, frequentemente com prejuízo da análise das consequências a longo prazo. O individualismo exagerado atenua as fronteiras dos seus próprios limites. Não há tempo para si mesmo e para se interrogar, daí que o autoconhecimento fique para nunca mais - agir é mais importante que pensar e sentir. Por outro lado, há um grupo cada vez mais numeroso de pessoas que anseiam por uma melhor qualidade de vida, maior consciência de si, dos outros e do mundo que os rodeia. São os que fazem a apologia do <em>slow living</em>, que optam por formas de vida mais simples, com menos bens materiais, mas com mais tempo para desfrutar da família e dos amigos, que cultivam as boas relações humanas, valorizando o bem estar do seu semelhante, mas sobretudo cuidando do seu próprio equilíbrio.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;">A escolha entre um ou outro comportamento depende da vontade. Não são características inatas, nem resultado da educação ou cultura, embora esta possa ter alguma influência. Há até inúmeros exemplos de quem tenha tido um comportamento marcadamente húbrico e a partir de determinada altura se tenha encontrado consigo próprio e decidido inverter o sentido de marcha. Esse será seguramente um «reset» difícil e trabalhoso, exigindo a alteração de hábitos e padrões de comportamento, bem como uma boa dose de disciplina e o controle dos seus impulsos.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;">Seja como for, <em>sofrosina</em> é um conceito que necessita de muita maturidade para ser implementado. Reter determinação, um elevado grau de humanidade e tolerância para consigo mesmo e para com os outros. Passa pela aceitação das suas próprias características e limitações, pelo exercício do perdão (que é um ato extremamente criativo), pela humildade necessária para reconhecer que muito há para aprender e para se manter aberto a novas ideias. Necessita da valorização de todas as coisas, bem como das várias formas como pessoas e coisas podem contribuir para o desenvolvimento do universo pessoal. Há ainda que ponderar os efeitos dos seus atos e palavras a curto médio e longo prazo, mantendo o foco na construção do ser em que deseja tornar-se. Como se não bastasse, esse autocontrole precisa de ser exercido relativamente às suas emoções e até mesmo pensamentos. Tarefa árdua? Não tanto se pensarmos que é um processo em que cada momento ou etapa é tão importante quanto a meta. Importa o caminho, que é feito passo a passo, que terá precalços, mas também conquistas. O movimento é sempre de dentro para fora, ou seja, o que se conquista interiormente será naturalmente projetado para o exterior.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;">Nas sociedades desenvolvidas dos nossos dias, em que a maioria das pessoas tem as suas necessidades básicas asseguradas, a procura do autoconhecimento tem vindo a crescer nas várias faixas etárias da idade adulta. Corresponde, no fundo, à escolha da pessoa que se quer ser. Aí está provavelmente a maior beleza deste conceito: o poder é retirado das condições externas, para passar a ser detido pelo sujeito, que escolhe a forma como as vivencia e reage perante elas.</span><span style="color:#993300;"> </span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-29455623441751176862011-09-14T08:45:00.000-07:002011-09-14T09:52:42.465-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIK7mkCeZ4aq-dhNEKjhbTcQHoBpjw8PuiMsYp1-Zjq_IsrFjmp8dP7on3FknQCoQuPDifd80SElAUEXm4atmm3wfCYTQ7bX8Y7AzgQ5ZS77zoEmLdlb2eTDSDpjsk-yxsY2Mh0YORkRtT/s1600/untitled.bmp"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 181px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652258649207929650" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIK7mkCeZ4aq-dhNEKjhbTcQHoBpjw8PuiMsYp1-Zjq_IsrFjmp8dP7on3FknQCoQuPDifd80SElAUEXm4atmm3wfCYTQ7bX8Y7AzgQ5ZS77zoEmLdlb2eTDSDpjsk-yxsY2Mh0YORkRtT/s200/untitled.bmp" /></a> <span style="color:#660000;">«A marca de um povo consciente e informado tem de ser a responsabilidade pessoal para com o bem maior. Relativamente ao nosso futuro como família humana, é vital que cada um de nós olhe além do seu estilo pessoal de vida e pondere no bem-estar de todos». </span><br /><div><br /><div align="right"><strong><span style="color:#660000;">Edgar Mitchell</span></strong></div><br /><div align="right"><em><span style="color:#660000;">Ph.D.; astronauta, Apolo 14</span></em></div><br /><div align="right"><em><span style="color:#660000;">Fundador do Instituto de Ciências Noéticas</span></em></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Queiramos ou não, chegámos a um momento em que se torna obrigatório reequacionar a forma como estamos a interagir com o mundo e com os outros. É preciso reformular a forma como vivemos.</span><br /></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Pensar que qualquer alteração possa ser guiada por algum líder ou organização é pura fantasia. A mudança precisa ocorrer em cada um. Os interesses dominantes têm-nos guiado para um afastamento cada vez maior dos outros e da natureza, a ponto de até já nos termos esquecido de que fazemos parte integrante dela e somos inter-dependentes.</span> </div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Os conceitos que alimentam um individualismo exacerbado conduziram-nos à solidão. O sucesso recente das redes sociais vem demonstrar que não gostamos dessa solidão e precisamos de partilhar estados, comportamentos e desejos. Precisamos mesmo de fazer log in uns com os outros para distrair, ganhar ânimo e incentivo para os nossos desafios e projectos.</span> </div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Estamos novamente a ganhar a consciência do «outro» e a perceber que não basta zelar apenas pelo nosso próprio bem-estar, porque ele não é independente do mundo exterior. Alguns já interiorizaram que a felicidade individual provém, em larga medida, de sermos capazes de a distribuir à nossa volta. Nota-se que, ao melhorarem a qualidade dos seus relacionamentos, encontraram uma maior satisfação nas várias áreas das suas vidas e isso manifesta-se num maior grau de auto-confiança, auto-estima, tranquilidade e serenidade. Não será disso que estamos todos a precisar?</span> </div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Assim sendo, que tal dar o que deseja receber? Falo de compreensão, solidariedade, sorrisos, respeito e tempo, porque a presença física é insubstituível. Que tal começar hoje, neste momento?</span> </div><br /><div align="right"><span style="font-family:arial;color:#663300;">Lina Chambel</span></div></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-77165656567349020432011-08-04T11:58:00.000-07:002011-08-04T16:12:38.676-07:00Uma flor no asfalto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY7tpFmtGWEO_kZBBzzD8kDC3IFY1-aeYWcDZ1V_cyJzzgdCHNGniiK61s0_zOzaB2AHRehOma3jeXXA3UZ4GqZMqeAltEwOdP9N3r6jueDWRSV46gc3NYLxMwp7uvNxfg8oC8KBQI6dSU/s1600/flor_no_asfalto.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 122px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5637141786838171826" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY7tpFmtGWEO_kZBBzzD8kDC3IFY1-aeYWcDZ1V_cyJzzgdCHNGniiK61s0_zOzaB2AHRehOma3jeXXA3UZ4GqZMqeAltEwOdP9N3r6jueDWRSV46gc3NYLxMwp7uvNxfg8oC8KBQI6dSU/s200/flor_no_asfalto.jpg" /></a> <span style="color:#000099;">Tudo pode ser banal se esse for o nosso olhar; tudo pode ser mágico, se assim recebermos o mundo.</span><br /><br /><span style="color:#000099;">No fundo, a realidade é muito mais a forma como a vivemos do que a coisa em si. Podemos escolher olhar o mundo que nos rodeia com o máximo de objectividade, vendo uma sucessão de causalidades inexoráveis e neutras, como espectadores exteriores. Diria que ficaríamos pela aparência de um olhar limitado à perspectiva do observador racional, sem interacção com o objecto. Ou podemos deixar entrar o mundo cá dentro e permitir que ele seja vivido pelo coração, gerando emoções de vária ordem. A nossa vivência do momento altera-se radicalmente, já que lhe acrescentamos um nível superior de intensidade.</span><br /><span style="color:#000099;"></span><br /><span style="color:#000099;">Acontece o mesmo relativamente às pessoas que se cruzam connosco e tendemos a julgar desta ou daquela maneira, a padronizar, a etiquetar... como se todos andássemos em rebanhos perfeitamente identificáveis por um clip pregado à orelha. É fácil, vêmo-las de fora e não fazemos a travessia para o outro lado da aparência. Se o fizéssemos, perceberíamos até que ponto o engano pode ser grande. Ninguém é banal, a menos que se esforce para isso e nenhuma pessoa se parece com outra, porque o conjunto das suas experiências a moldou de forma única e continuará a retocar enquanto a sua vida durar.</span><br /><br /><span style="color:#000099;"></span><span style="color:#000099;">As coisas não são o que são, mas o que fazemos delas. Albert Einstein distinguiu duas formas diferentes de viver a vida: «uma é acreditar que não existem milagres, outra é acreditar que todas as coisas são um milagre». Não há meio termo e cada um escolhe a atitude a adoptar. Pode até ser que ambas sejam afinal ilusão pura, mas há uma beleza indizível no milagre de uma flor que cresce no meio do asfalto</span>.<br /><br /><div align="right"><span style="color:#000066;">Lina Chambel</span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-34611167895303488102011-05-31T09:46:00.000-07:002011-05-31T10:23:28.217-07:00Está insatisfeito?<em>Observe que raríssimas são as pessoas que estão satisfeitas com seus mundos. Em geral, todos têm reclamações do seu trabalho, dos seus subalternos e dos seus superiores; da sua remuneração e do reconhecimento pelo seu trabalho; reclamações dos seus pais, dos seus filhos, dos seus cônjuges, do seu condomínio, do governo do seu País, do seu Estado, da sua cidade, da polícia, da Justiça, do departamento de trânsito, dos impostos, dos vizinhos mal-educados, dos motoristas inábeis, dos pedestres indisciplinados... Quanta coisa para reclamar, não é?</em><br /><br /><em>Se formos por esse caminho, concluiremos que o mundo não é um lugar bom para se viver e seguiremos amargurados e amargurando os outros. Ou nos suicidaremos!</em><br /><br /><em>Já na antiguidade os hindus observaram esse fenômeno da endêmica insatisfação e ensinaram como solucioná-la:</em><br /><em></em><br /><em>«Se o chão tem espinhos, não queira cobrir o chão com couro. Cubra os seus pés com calçados e caminhe sobre os espinhos sem se incomodar com eles.»</em><br /><br /><em>Ou seja, a solução não é reclamar das pessoas e das circunstâncias para tentar mudá-las e sim educar-se a si mesmo para adaptar-se. A atitude correta é parar de querer infantilmente que as coisas se modifiquem para satisfazer o seu ego, mas sim modificar-se a si mesmo para ajustar-se à realidade. Isso é maturidade.</em><br /><br /><em>A outra atitude é neurótica, pois jamais você poderá modificar as pessoas ou instituições para que se ajustem aos seus desejos. Não seja um desajustado.</em><br /><br /><em>Então, vamos parar com isso. Vamos aceitar as pessoas e as coisas como elas são. E vamos tratar de gostar delas. Você vai notar que elas passam a gostar muito mais de você e que as situações que antes lhe pareciam inamovíveis, agora se modificam espontaneamente, sem que você tenha que cobrar isso delas. Experimente. Você vai gostar do resultado!</em><br /><br /><div align="right">DeRose</div><br /><br /><div align="right"></div><br /><div align="left">Não é a apologia da inércia, ou sequer que deixe de lutar por aquilo em que acredita, mas a de abandonar a postura de estar «contra». Mais vale ficar a favor e fazer o que estiver ao seu alcance no sentido que considera correcto, empenhar-se e envolver-se pela afirmativa.</div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-77260528618515628762011-03-30T06:33:00.000-07:002011-03-30T08:08:13.121-07:00Sobre o Ego<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1beOV6obxuIKoxlLQJf9aAm4ECuxfUOoQPN67pbmJowjLpZR3rdLZ3wzLz45iMS4e5Bdak27NbPFyzALdvSzjoeLf2iWy4riQvxj-WxfqR0Pn8YT-kHSWB3Y8bo7u9ubuuwnrtAPCuYGm/s1600/1165250414_ceu.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589889450567140882" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1beOV6obxuIKoxlLQJf9aAm4ECuxfUOoQPN67pbmJowjLpZR3rdLZ3wzLz45iMS4e5Bdak27NbPFyzALdvSzjoeLf2iWy4riQvxj-WxfqR0Pn8YT-kHSWB3Y8bo7u9ubuuwnrtAPCuYGm/s200/1165250414_ceu.jpg" /></a> <br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Para se estabelecer qualquer laço afectivo consistente, é necessário ser capaz de se libertar da afirmação constante do ego. Um ego exigente mina os melhores canais de comunicação, impedindo que a compreensão chegue ao outro, deixando-a enclausurada nas suas próprias percepções e necessidades. Todo o terreno fértil fica reduzido a um imenso baldio, onde crescem apenas as ervas da afirmação pessoal, sabe-se lá a que preço. Não há vínculo afectivo livre e saudável que resista à afirmação compulsiva do ego, que tudo molda ao utilitarismo. As relações com o mundo e com os outros são usadas para preencher vazios, que inexplicavelmente nunca ficam preenchidos, até porque nunca nada será bastante, de modo que os mesmos padrões de vampirismo serão sucessivamente repetidos.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Dependente daquilo que o exterior lhe proporciona, cresce em importância o «parecer ser», como uma bola de neve a atropelar o «ser» verdadeiro, que vai perdendo cada vez mais consistência e estrutura. De cada vez que uma mentira se consolida, outra começa a ganhar forma, gerando o apoio de que o «parecer ser» precisa para se aguentar. E daí nasce a distância: de si próprio e dos outros. Ela gera uma solidão cada vez maior, que se pode tentar enganar com encontros utilitários, que não são mais do que grandes desencontros, passíveis de gerar desencanto e até sofrimento.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Como sair daqui? Como se curar de um ego assim, que ninguém deseja admitir possuir? Antes de mais há que o reconhecer sem mascarar os sintomas, sem desculpas para si próprio e culpas atiradas aos outros. É preciso querer olhar para o que existe de facto, sem querer «parecer ser», para poder reconhecer os seus mecanismos e comportamentos. É imprescindível fazê-lo para ser capaz de construir uma forma de estar diferente. Os suportes para essa nova forma de estar precisam de ser edificados um a um, consolidados um a um, de modo a produzir toda uma estrutura que possa apoiar um carácter com outra natureza, agora bem mais centrada e capaz de produzir equilíbrio e serenidade para si mesmo.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Depois há que abrir o coração ao amor verdadeiro. Esta pode ser a mais difícil de todas as tarefas, mas é a que produz resultados decisivos e duradouros. O amor verdadeiro que não espera recompensa apenas é. Não se mascara nem anda de cara escondida e, em vez de prender o ser liberta-o. É ele que permite segurança, plenitude e a verdadeira satisfação de se saber quem se é, sem necessidade alguma de querer parecer seja lá o que for.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-69751943536997147092011-01-09T10:55:00.000-08:002011-01-09T12:43:48.905-08:00Saber comer<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh01uDh6895PpACA7dKgB_w0UEwpIX5ayTxaLffsAJQUOO4iXay-2FsLE1PRCUPR6rulCqnBv1s3geoztkgIpY2wMN741Oo3SS8MZBQGz0uV-EA4Otn2x-WxaOFhQ7e1s9m03nELoPxQQA3/s1600/fruits_and_vegetables.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 156px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5560262568059885538" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh01uDh6895PpACA7dKgB_w0UEwpIX5ayTxaLffsAJQUOO4iXay-2FsLE1PRCUPR6rulCqnBv1s3geoztkgIpY2wMN741Oo3SS8MZBQGz0uV-EA4Otn2x-WxaOFhQ7e1s9m03nELoPxQQA3/s200/fruits_and_vegetables.jpg" /></a> Hipócrates, que é considerado por muitos o pai da medicina, ensinava aos seus alunos no séc. IV a.C.: «que o teu alimento seja o teu medicamento». Falava também sobre a necessidade de conhecer as propriedades e virtudes naturais dos alimentos, bem como aquelas que estes adquirem através das alterações que a indústria dos homens lhes confere.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O termo dieta vem do grego «diaita», que significa <em>modo de vida</em>. Está ligado ao conceito de equilíbrio, não só alimentar como também psicológico e à higiene de vida.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Maria Lucinda Tavares da Silva, no seu livro <strong>Cozinha Saudável</strong>, que desde já recomendo, estabelece da seguinte forma os elementos e funções mais importantes que devemos procurar nos alimentos: <em>elementos de crescimento e reparação do organismo, a energia capaz de fazer face à actividade muscular e glandular, os materiais necessários ao funcionamento e protecção das células vivas</em>. Precisamos então de elementos construtores (proteínas, sais minerais e água), elementos energéticos (hidratos de carbono, gorduras e proteínas) e elementos protectores (vitaminas, sais minerais e água).</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Para além disso, é importante escolher produtos de boa qualidade, que não sejam excessivamente industrializados nem refinados, numa grande variedade para fazer face a todas as necessidades do nosso organismo e numa quantidade moderada. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">As indicações principais consistem em variar bastante os legumes e vegetais; ingerir muita fruta, preferencialmente logo pela manhã e antes dos outros alimentos; preferir os cereais integrais; incluir frutos oleaginosos; substituir picantes que irritem o estômago por outros temperos; preferir água, sumos naturais ou infusões às bebidas alcoólicas ou refrigerantes; usar sal marinho ou ervas aromáticas variadas para os temperos; não cozinhar demasiado os alimentos e incluir ingredientes crús; preferir adoçantes naturais, como o mel e o açúcar mascavado; substituir os óleos refinados por azeite virgem de pressão a frio; consumir sobretudo produtos frescos, cujo valor nutricional é muito superior ao dos produtos congelados e enlatados; evitar os fritos; moderar o sal e o açúcar, bem como o café e o chá preto.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sabendo que a alimentação é uma forma filosófica de estar na vida, não vamos também ser restritivos ou puniticos, castigando-nos com refeições sem sabor e sem prazer. Para a boa digestão e assimilação dos alimentos, é necessário saboreá-los com gosto. O ideal é dedicar o tempo necessário à preparação e degustação das refeições, que devem ser bem apresentadas, apaladadas e apreciadas num ambiente agradável.<br /></div><div align="justify"> </div><div align="justify">A gastronomia é decididamente uma arte, capaz de deliciar os nossos sentidos, mas é sobretudo a arte de saber viver com saúde e equilíbrio.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Percebe-se imediatamente o refinamento pessoal de alguém através da forma como comunica, por meio de palavras e gestos, através do que come e de como come.</div><div align="justify"></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-63969353124105435252010-12-29T15:06:00.000-08:002010-12-29T17:21:14.467-08:00Quase a fechar 2010<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXX5z_Ju9i2ruQDUL1pn_XxhA7yd3WxXtKnoLk8R-9BifmxQmaXFuwMKaFgws9_X6nUcr1wNmM6Kv8KnX85SEmsiqMIqZQjY8iMRc3lg8W2YZa5I21NYnQiULz6tnx7SvwS7VS6TnvP_YJ/s1600/2011+foto.bmp"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556277539655577298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXX5z_Ju9i2ruQDUL1pn_XxhA7yd3WxXtKnoLk8R-9BifmxQmaXFuwMKaFgws9_X6nUcr1wNmM6Kv8KnX85SEmsiqMIqZQjY8iMRc3lg8W2YZa5I21NYnQiULz6tnx7SvwS7VS6TnvP_YJ/s200/2011+foto.bmp" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;">2010 foi o primeiro ano completo de actividades da ADY. Somos um grupo ainda pequeno, que vai crescendo devagar, mas de forma coesa, como uma verdadeira família. Vamos estreitando laços e alargando-os a outros que pensam e sentem de forma idêntica à nossa.</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color:#993300;">Foi exactamente assim que sonhei este projecto. Rejeitei desde o início a ambição de construir um espaço com foco no lucro e recusei também despesas pesadas e encargos financeiros que me obrigassem a angariar praticantes a todo o custo, a qualquer preço, de forma acelerada. Claro que temos uma renda considerável, mas ela vale o prazer de praticar num local tão bonito e aberto, com um horizonte azul, de céu e mar a perder de vista. </span></div><div align="justify"><span style="color:#993300;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;">O importante são mesmo as pessoas. Fundamental é cada um dos elementos do grupo, bem como a força que geramos todos juntos. Estamos aqui para crescer, para evoluir como seres humanos. Queremos melhorar a nossa forma física, mas também queremos conquistar mais consciência de nós próprios, dos outros e do mundo que nos rodeia. Queremos estar mais atentos, disponíveis, tolerantes, gentis, alegres e capazes para todos os projectos das nossas vidas. </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#993300;">É um privilégio fazer parte de um grupo que caminha no mesmo sentido e nos apoia no nosso percurso individual. Se um de nós estender a mão, outras se estenderão para a segurar, dando-nos confiança e a segurança necessária para nos podermos aventurar por trilhos inexplorados. O mero convívio com pessoas de «cabeça aberta» é bastante para nos inspirar a aceitar as diferenças, mudar os nossos paradigmas e reciclar comportamentos, idéias, sentimentos e perspectivas.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#993300;">A vida é uma aventura maravilhosa, mas é como um filme sem guião. Não podemos repetir cenas, voltar atrás, retocar, muito menos substituir personagens. É certo que nos vamos enganar nas deixas com frequência, errar a movimentação em cena, perder o tempo da acção e entrar no cenário errado. E a câmara não pára de rodar... Tudo fica mais fácil se pudermos contar com um bom elenco de actores, com a capacidade suficiente para se reinventar e nos apoiar, com boa disposição e carinho.</span></div><div align="justify"><span style="color:#993300;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;">É tudo isso que quero agradecer à família ADY no balanço deste ano de actividades. O meu sonho está a concretizar-se porque outras pessoas também o sonharam. Acredito que mais virão e serão recebidos de braços abertos, como companheiros de viagem, independentemente da duração do percurso.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#993300;">Deixo aqui expresso o meu carinho para cada um dos praticantes da ADY, bem como o desejo de que em 2011 a prática de SwáSthya lhe permita viver de forma cada vez mais intensa e consciente, com determinação, coragem e um amor profundo.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993300;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#993300;">SwáSthya!</span></div><div align="justify"><span style="color:#993300;">Lina Chambel</span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-56592733755413032792010-10-23T08:39:00.000-07:002010-10-23T08:52:04.772-07:00Mestre DeRose no Páginas Soltas<p><object style="BACKGROUND-IMAGE: url(http://i2.ytimg.com/vi/1T0pEOayeCc/hqdefault.jpg)" width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/1T0pEOayeCc?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/1T0pEOayeCc?fs=1&hl=pt_BR" width="425" height="344" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object></p><p>Uma entrevista dada há três anos, que contém informações preciosas e se mantém actual.</p>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-89391210147022326692010-10-13T17:32:00.000-07:002010-10-13T18:22:54.960-07:00Tagore, o grande humanista<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1AsxAijHkuQA1Po6ii2_cq2Y8bxiq-GsJYZJSkPl2Wt39k3So5EiAR_mbgWIbn2ektVxLAsQFOv9_GnPZSkJMch4XBDndqggLzgekEjVJYuNbqXwnLuUZ0RaNp3NM_n9zY02-x6iko4tT/s1600/250px-Tagore3.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 148px; FLOAT: left; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527702971990192418" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1AsxAijHkuQA1Po6ii2_cq2Y8bxiq-GsJYZJSkPl2Wt39k3So5EiAR_mbgWIbn2ektVxLAsQFOv9_GnPZSkJMch4XBDndqggLzgekEjVJYuNbqXwnLuUZ0RaNp3NM_n9zY02-x6iko4tT/s200/250px-Tagore3.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Rabindranath Tagore (1861-1941) foi poeta, romancista, dramaturgo, músico e filósofo. Nasceu na Índia e foi o primeiro asiático a receber o Nobel da Literatura em 1913. Foi também provavelmente o único que compôs dois hinos nacionais: o da Índia e o do Bangladesh.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Fundou uma escola, uma universidade e participou no movimento nacionalista indiano. Foi-lhe concedido o título de <em>sir</em> pela coroa britânica, que ele viria a devolver após o massacre de Amritsar. Foi amigo pessoal de Gandhi (que lhe chamou a sentinela da Índia), de W. B. Yeats, H. G. Wells, Ezra Pound e de Einstein.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Estudou em Inglaterra e adquiriu um grande conhecimento da cultura ocidental, sobretudo da poesia e da ciência. Foi uma das primeiras pessoas do planeta a combinar o saber ocidental com o oriental, o antigo com o moderno. O seu conhecimento da física permitiu-lhe manter um debate com Einstein sobre os princípios dos mecanismos quânticos e do caos, extremamente inovadores na época.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Multifacetado, era sobretudo um humanista, eternamente apaixonado pela vida e pela beleza: «o homem só ensina bem o que para ele tem poesia». As transcrições que se seguem foram traduzidas para o inglês por ele mesmo:</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"><em>«Everything comes to us that belongs to us if we create the capacity to receive it.»</em></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"><em>«Let us not pray to be sheltered from dangers but to be fearless when facing them.»</em></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"><em>«I have become my own version of an optimist. If I can't make it through one door, I'll go through another door - or I'll make a door.»</em></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"><em>«Let your life lightly dance on the edges of Time like dew on the tip of a leaf.»</em></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"><em>«Do not say, «it's morning», and dismiss it with a name of yesterday. See it for the first time as a newborn child that has no name.»</em></span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-6197642855599594622010-10-03T07:46:00.000-07:002010-10-03T08:21:25.240-07:00COMER ORAR AMAR, o livro e o filme<p><span style="color:#000099;"></span><br /><object style="BACKGROUND-IMAGE: url(http://i3.ytimg.com/vi/FvnmUu41w1w/hqdefault.jpg)" width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/FvnmUu41w1w?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/FvnmUu41w1w?fs=1&hl=pt_BR" width="425" height="344" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000099;">O livro começa com a análise da personagem principal ao seu momento actual, numa linguagem criativa e com um humor inteligente. É fascinante na exploração inicial das emoções, das dúvidas e na coragem com que se olha para si mesmo pondo em causa aquilo em que se acredita. Mas depois parece que a criatividade linguística e descritiva esmorece (ou se esgotou). Mal Liz parte para Itália, a autora socorre-se sobretudo de estereótipos, que vão ficando mais recorrentes à medida que a narrativa avança. Vai-se instalando o fácil e o óbvio. Diria que o livro vale pelo início.</span></p><p align="justify"><span style="color:#000099;">O filme ficou colado ao livro, mas sem o humor e a beleza da linguagem que este evidencia na primeira parte. O resultado fica morno, ou versão «light», se preferir. Poderia ter sido enriquecido por uma banda sonora mais forte; a qualidade da fotografia até pede com frequência um som mais intenso e apelativo.</span></p><p align="justify"><span style="color:#000099;">O filme vale pela Julia Roberts e a realização deixa isso bem claro, privilegiando a todo o momento os grandes planos que permitem que a arte da actriz se revele.</span></p><br /><p align="right"><span style="color:#000066;">Lina Chambel</span></p>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-73491204094988171402010-06-14T15:34:00.000-07:002010-06-14T16:35:50.284-07:00A ADY no Facebook<span style="color:#333399;">Um dia Vinícios de Morais disse que «a gente não faz amigos, reconhece-os». Acontece-nos por vezes estabelecer uma empatia imediata com alguém que se acabou de encontrar. Como se essa pessoa tivesse um «não sei quê» que nos é familiar e nos atrai de imediato. Há muitas amizades que começam assim, reconhecendo alguém que está no nosso comprimento de onda. Podemos chegar a ficar amicíssimos de uma pessoa que conhecemos há muito pouco tempo, chegando a partilhar com ela aspectos que não dividimos com amigos mais antigos. Noutros casos, mesmo sem essa empatia inicial, vamos cultivando um convívio mais ou menos assíduo que acaba por desenvolver uma boa amizade. E depois há aqueles casos mais raros, que começam com uma aversão explícita, mas que um dia muda, porque a pessoa nos revela algo nela que ainda não tinhamos visto. Estas últimas correm o risco de se tornar nas amizades mais profundas, daquelas que duram a vida toda. </span><br /><span style="color:#333399;"></span><br /><span style="color:#333399;">O modo como uma amizade começa é de menor importância - importantes mesmo são os amigos que nos acompanham ao longo do percurso. No fundo, eles são a familia que escolhemos, aqueles que desejamos ter perto nos bons e maus momentos, com quem dividimos vitórias e derrotas, com quem partilhamos tempo e experiências. É irrelevante se estamos sempre juntos ou se nos encontramos de vez em quando. Podemos até passar anos sem estar com alguns deles - o carinho que nos une permanece e o nosso coração transborda de alegria quando os vemos.</span><br /><span style="color:#333399;"></span><br /><span style="color:#333399;">Ontem, abri finalmente uma conta no Facebook em meu nome individual e abri uma conta para a ADY, de modo a podermos estar mais perto uns dos outros. Ainda não pararam de chegar convites, alguns de pessoas que não vejo há imenso tempo. Que alegria! Como é bom poder ficar perto de tantos de uma forma tão simples!</span><br /><span style="color:#333399;"></span><br /><span style="color:#333399;">A conta do Facebook da ADY pretende ser um espaço interactivo onde todos os sócios da Associação possam partilhar experiências e conhecimento, não só entre si, mas com outros amigos, praticantes e instrutores de SwáSthya Yôga que desejem manter-se ligados a nós. </span><br /><span style="color:#333399;"></span><br /><span style="color:#333399;">Yôga significa «união» e o SwáSthya Yôga celebra o convívio alegre que une o grupo e faz crescer cada um dos indivíduos que o compõe.</span>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-33499486523855220432010-06-01T11:35:00.000-07:002010-06-01T11:55:42.381-07:001º ANIVERSÁRIO DA ADY<div align="justify"><span style="color:#993399;">Como passou a voar este 1º ano! E que bom tem sido partilhá-lo com todos aqueles que se têm juntado ao grupo. Quero deixar aqui explícito o meu profundo agradecimento a todos os que acarinharam este projecto desde o início e que de algum modo contribuíram para a sua implementação.</span></div><div align="justify"><span style="color:#993399;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#993399;">A ADY são todos os seus sócios. É por eles e para eles que existe. Assim sendo, aqui fica um beijinho gigante de parabéns para cada um deles, tanto para os fundadores como para os mais recentes. </span></div><div align="justify"><span style="color:#993399;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#993399;">Temos um mês inteiro para comemorar, com sat chakra especial e gourmet também de aniversário. Como presente, a ADY oferece o valor da inscrição aos novos sócios (válido de 1 a 30 de Junho) e livre trânsito aos que já são efectivos.</span></div><div align="justify"><span style="color:#993399;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#993399;">A todos os yôgins da ADY,</span></div><div align="justify"><span style="color:#993399;">SwáSthya!</span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-55322722995578996252010-04-27T04:56:00.000-07:002010-04-27T06:21:54.019-07:00A Alimentação e o Yôga Antigo<div align="left"><em><span style="color:#cc66cc;">Sinto que o progresso requer, numa determinada etapa,</span></em></div><div align="left"><em><span style="color:#cc66cc;">que paremos de matar os nossos companheiros,</span></em></div><div align="left"><span style="color:#cc66cc;"><em>os animais, </em><em>para a satisfação dos nossos desejos físicos</em></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2xqdyLrhot-k39r5HC0aQLt6My3hAKtlukCAluzQjyIdAhhOQ8zMRthDIxin1SvGuz-n5qXfC7nUWas1CII_2RCgE4FsGlq_9gxBf9mLltNXs0MCCiE32nvWCZJQPgcYjXAahr0JtnRuQ/s1600/Frutos-legumes-e-vegetais.jpg"><span style="color:#cc66cc;"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 180px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464787415356359602" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2xqdyLrhot-k39r5HC0aQLt6My3hAKtlukCAluzQjyIdAhhOQ8zMRthDIxin1SvGuz-n5qXfC7nUWas1CII_2RCgE4FsGlq_9gxBf9mLltNXs0MCCiE32nvWCZJQPgcYjXAahr0JtnRuQ/s200/Frutos-legumes-e-vegetais.jpg" /></span></a><span style="color:#cc66cc;">.</span></div><div align="left"><span style="color:#cc66cc;"> Gandhi<br /></span></div><div align="left"><span style="color:#663366;">Cada espécie animal tem um determinado padrão digestivo, com características específicas, segundo as necessidades de alimentos determinadas pelos hábitos dos seus antepassados, desde há milhares de gerações. No nosso caso, enquanto seres humanos, importa saber quais os alimentos necessários para alimentar o nosso corpo físico de forma saudável.</span></div><div align="left"><span style="color:#663366;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#663366;">Importa também compreender que a nossa alimentação interfere sobremaneira nas nossas emoções, comportamentos e pensamentos. Ela interferirá também com a nossa descendência e com a própria espécie. </span></div><div align="left"><span style="color:#663366;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#663366;">Atribui-se a Hipócrates a frase: "somos o que comemos". Os antigos yôgins levavam este conceito bem a sério, adoptando uma dieta baseada na ingestão de alimentos ricos em energia biológica. O ovo-lacto-vegetarianismo, que é ancestralmente a escolha dos yôgins, permite que o organismo receba bioenergia dos alimentos, compensando até o desgaste celular. O <em>prána</em>, que é energia de origem solar (define-se como <em>qualquer tipo de energia manifestada biológicamente</em>), pode ser absorvido através da luz, do ar, da água e dos alimentos. Esta força é a que importa absorver, para ampliar a energia susceptível de nos levar a estados de consciência expandida.</span></div><div align="left"><span style="color:#663366;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#663366;">No Yôga Antigo, rejeitamos a carne de animais mortos, não só pela barbárie de matar seres semelhantes a nós, mas também porque não necessitamos de ingerir células mortas, já sem nenhum tipo de energia, em processo de deterioração, que encherá o nosso organismo de toxinas. O nosso metabolismo necessita sim de substâncias nutritivas que lhe permitam libertar energia que possa ser catalizada e transformada. É por essa razão que, desde as suas origens, a tradição nutricional que acompanha o Yôga é extremamente variada e inclui todo o tipo de frutas, cereais, vegetais, raízes, sementes, ovos, leite e todos os seus derivados.</span></div><div align="left"><span style="color:#663366;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#663366;">Curiosamente, esta preferência alimentar tão antiga, está agora a ser valorizada pelos estudos mais recentes em nutrição. É também normal que, à medida que a humanidade evolui em termos de civilização, se afaste dos predadores selvagens, que matam e devoram os outros animais, incluindo aves e peixes.</div></span>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-77569645046391694732010-04-08T15:38:00.000-07:002010-04-08T17:34:02.522-07:00Egrégora<div align="justify"><em><span style="color:#660000;">Egrégora é o poder gregário gerado pela força de coesão de dois ou mais indivíduos. Tem o poder de induzir fortemente os membros de uma comunidade a agir, sentir e pensar dentro de um padrão. Pode ser interpretada como um segmento do inconsciente colectivo, relativo a um grupo específico.</span></em></div><div align="right"><span style="color:#660000;"><strong>DeRose </strong>in <strong>Programa do Primeiro Ano do Curso Básico de Yôga</strong></span></div><div align="justify"><strong><span style="color:#660000;"></span></strong> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">No mundo ocidental, o poder do grupo não é tão fácil de entender como no oriental. Na Índia, é no grupo que assenta a organização social, muito devido à sua História e religião. Enquanto na Europa os vários povos lutaram entre si, conquistando-se e expulsando-se sem que várias tribos ou grupos coexistissem no mesmo território, na Índia (o país mais invadido da História), muitos grupos tiveram de achar um meio de viver juntos. Encontraram na coexistência separada e não na fusão (que se verificou na Europa), a chave para a sua sobrevivência. Tal tornou-se possível graças ao hinduísmo, formado por vários pontos de vista, ou <em>darshanas</em>. O Yôga, por exemplo, é um dos seis <em>darshanas</em>, o sámkhya (filosofia teórica naturalista na qual o Swásthya Yôga se apoia) é outro, bem como o vêdánta (que se opõe ao sámkhya...).</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Em vez de absorver os povos que afluíram ao território, o hinduísmo envolveu-os. De modo que qualquer grupo com costumes específicos poderia ser largado na Índia e, vivendo à parte, conviver amistosamente com os que já lá estavam. Tanto as culturas judaico-cristã como a islâmica se baseiam na pregação de uma verdade única: para um hindu, a verdade depende do ponto de vista. As castas exemplificam a coexistência das diferentes verdades. Neste sistema, a unidade social não é o indivíduo, mas o grupo a que ele pertence, uma vez que cada um se insere hereditariamente num grupo. Cada casta ocupa o seu lugar numa hierarquia rígida, baseada em regras complexas e restrições e todas as castas têm uma posição social inferior ou superior à das outras.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Embora não tendo a mesma organização social, conseguimos sentir no ocidente a força e poder de um grupo. Já experimentou mudar sózinho a forma de agir e pensar de um grupo? Tarefa dificílima: o grupo encontrará maneira de contornar o factor subversivo e continuar exactamente igual. Se, por exemplo, o seu grupo de trabalho tiver gerado uma egrégora à qual não se consegue adaptar, é mais fácil afastar-se do que conseguir mudá-la. A força de coesão que se gera dificilmente alterará o seu padrão.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Do mesmo modo que se encontar sintonia com um determinado grupo, a sua força será ampliada, tal como a de um bando de gansos em vôo. Se observar uma formação de gansos em vôo, verá que se organizam num v, revezando-se na frente quando o lider se cansa, enquanto os que se colocam atrás grasnam para encorajar os da frente.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Urge também identificar egrégoras compatíveis e incompatíveis. Se tiver uma egrégora de família e outra de religião, elas serão compatíveis por serem de ordem diferente. Mas se, por outro lado, tiver duas egrégoras de dois grupos de futebol, elas tornar-se-ão incompatíveis, dada a semelhança.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">É por esta razão que o Mestre DeRose desaconselha a prática de Yôga de mais do que uma linhagem. Escolha aquela com que se identifica e não a misture com práticas noutras escolas, para não incorrer no choque de egrégoras, que acabará por o prejudicar. O ideal é que concentre as suas energias em aprimorar-se nas técnicas indicadas pela sua linhagem, ajudando o grupo a evoluir e evoluindo somando as energias do grupo às suas.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">A dispersão provoca desgaste e perda de energia. Se for em excesso, pode até causar graves danos de saúde, sem que o indivíduo se aperceba do que lhe está a acontecer. Pergunta-se frequentemente se o Yôga pode ser misturado com desporto. Claro, pois Yôga é filosofia e não colide com desporto algum. Também não gera qualquer incompatibilidade com artes marciais, pelo contrário, constituem excelentes complementos.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Note, também que seja qual for o grupo ou egrégora no qual se integre, quanto mais se envolver e se entrosar com os outros elementos, mais fortelece a sua performance e (ou) conhecimento associados a essa egrégora, seja ela de família, desporto, religião, filosofia ou outra.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Talvez a compreensão do fenómeno da egrégora ajude o mundo ocidental de hoje a coexistir de um modo cada vez mais amigável. Os povos adquiriram extrema mobilidade e as várias comunidades que coexistem hoje no ocidente, poderiam relacionar-se de uma forma bem mais pacífica, se cada grupo se ocupasse em fortalecer a sua egrégora em vez de se preocupar com as outras. </span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-84814885155578672912010-03-19T08:00:00.000-07:002010-03-19T08:56:59.313-07:00Ser Pai Hoje<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinHPk5XeBJgjVKRwu_5nMsxSS6TKbn73KK9gIGucYUCTxzbtOMLf_ui_dnvFpWvR_3mhLxlrNczJbibPdGlOk1TlCKVSwRIfmM329sDAm7CbqCaTCduBspvzHGF7fJxdL1HbM2Z2fpElkM/s1600-h/pai1.bmp"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 122px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5450374478046931906" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinHPk5XeBJgjVKRwu_5nMsxSS6TKbn73KK9gIGucYUCTxzbtOMLf_ui_dnvFpWvR_3mhLxlrNczJbibPdGlOk1TlCKVSwRIfmM329sDAm7CbqCaTCduBspvzHGF7fJxdL1HbM2Z2fpElkM/s200/pai1.bmp" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Já lá vai o tempo em que a mãe cuidava e o pai financiava. Hoje, ambos partilham deveres, mimos e brincadeiras na educação dos filhos. Em termos legais, a guarda partilhada em caso de separação, veio também reconhecer o papel fundamental do pai no bem-estar das crianças. Estes são avanços mais do que desejáveis, que permitem um crescimento com maior equilíbrio e segurança na infância e adolescência.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Pessoalmente, tive a grande sorte de ter beneficiado de um pai sempre atento e presente, com segurança suficiente para desempenhar sem constrangimento algum, tarefas que na altura faziam parte do papel de mãe. Partilhámos compreensão, cumplicidade, entre-ajuda e muito carinho ao longo do tempo em que convivemos.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Hoje é dia do pai e pela primeira vez não vou poder abraçá-lo. No entanto, sinto que o meu pai partiu mas não morreu, porque o seu sangue continua a correr nas minhas veias e nas dos meus filhos e a sua herança genética está viva no nosso ADN: é isso mesmo, ser pai significa passar o testemunho e continuar vivo depois de acabar o seu tempo de vida. Ao invés de mergulhar em qualquer tipo de tristeza, celebro a alegria de ter usufruído de um pai maravilhoso e inspiro-me na sua figura tão querida, para cumprimentar todos os pais da ADY. Cada um é único e insubstituível para os seus filhos, uma fonte de inspiração e a referência para a familia que um dia irão constituir. </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Parabéns aos pais que entregam o seu amor diariamente sem esperar nada em troca e um feliz dia para pais e filhos, independentemente das ausências.</span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-60364223008674148122010-03-14T11:40:00.000-07:002010-03-14T13:21:26.520-07:00Fernando Pessoa sobre o autoconhecimento<div align="justify"><span style="color:#990000;">Ele foi já há muito reconhecido como um dos maiores poetas portugueses de sempre, mas vendo bem, é ainda mais do isso. Além da arte suprema das palavras, Fernando Pessoa explorou em profundidade o conhecimento de si mesmo, tornando-se também pensador e filósofo.</span></div><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#990000;">Considero-o meu Mestre desde os tempos de adolescência (podemos ter vários, se forem de áreas diferentes) e é desde essa altura que há sempre uma das suas obras na minha mesa de cabeceira - é uma fonte de inspiração constante e desafiante. Hoje abri ao acaso o <strong>Livro do Desassossego</strong>, e apeteceu-me partilhar o que li:</span></div><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span> </div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;"> «O homem de ciência reconhece que a única realidade para si é ele próprio, e o único mundo real o mundo como a sua sensação lho dá. Por isso, em lugar de seguir o falso caminho de procurar ajustar as suas sensações às dos outros, fazendo ciência objectiva, procura, antes, conhecer perfeitamente o seu mundo, e a sua personalidade. Nada mais objectivo do que os seus sonhos. Nada mais seu do que a sua consciência de si. Sobre essas duas realidades requinta ele a sua ciência. É muito diferente já da ciência dos antigos científicos, que, longe de buscarem as leis da sua própria personalidade e a organização dos seus sonhos, procuravam as leis do «exterior» e a organização daquilo a que chamavam «Natureza».</span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;">(...)</span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;"> «Em mim o que há de primordial é o hábito e o jeito de sonhar.»</span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;">(...)</span></em></div><div align="justify"><span style="color:#990000;"><em> «Porque eu não só sou um sonhador, mas sou um sonhador exclusivamente. O hábito único de sonhar deu-me uma extraordinária nitidez de visão interior. Não só vejo com espantoso e às vezes perturbante relevo as figuras e os </em>décors<em> dos meus sonhos, mas com igual relevo vejo as minhas ideias abstractas, os meus sentimentos humanos - o que deles me resta, os meus secretos impulsos, as minhas atitudes psíquicas diante de mim próprio. Afirmo que as minhas próprias ideias abstractas, eu as vejo em mim, eu com uma interior visão real as vejo num espaço interno. E assim os seus meandros são-me visíveis nos seus mínimos.</em></span></div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;"> Por isso conheço-me inteiramente, e, através de conhecer-me inteiramente, conheço inteiramente a humanidade toda.»</span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;">(...)</span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;"> «Para dar relevo aos meus sonhos preciso conhecer como é que as paisagens reais e as personagens da vida nos aparecem reveladas. Porque a visão do sonhador não é como a visão do que vê as coisas. No sonho, não há o assentar da vista sobre o importante e o inimportante de um objecto que há na realidade. Só o importante é que o sonhador vê. A realidade verdadeira dum objecto é apenas parte dele; o resto é o pesado tributo que ele paga à matéria em troca de existir no espaço. Semelhantemente, não há no espaço realidade para certos fenómenos que no sonho são palpavelmente reais. Um poente real é imponderável e transitório. Um poente de sonho é fixo e eterno. Quem sabe escrever é o que sabe ver os seus sonhos nitidamente (e é assim) ou ver em sonho a vida, ver a vida imaterialmente, tirando-lhe fotografias com a máquina do devaneio, sobre a qual os raios do pesado, do útil e do circunscrito não têm acção, dando negro na chapa espiritual.»</span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#990000;"></span></em> </div><div align="justify"><span style="color:#990000;">Platão já tinha afirmado que a realidade é uma ilusão de sombras. Colocou a verdadeira realidade para lá das nossas percepções sensoriais, provavelmente na dimensão do sonho aqui descrito por Fernando Pessoa. Platão concordaria também em que só o sonho é objectivo; só a visão interior (aquela que procuramos atingir no Yôga desenvolvendo a intuição) permite o acesso à verdadeira consciência de si e do mundo.</span></div><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#990000;">Com estas palavras, aprendi que preciso de me sonhar para me conhecer, mas elas sugerem muitas outras reflexões. Desafio-o a si, que está a ler este texto, a partilhar os pensamentos que ele lhe inspirou, deixando o seu comentário sobre o tema.</span></div><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#990000;">Pela minha parte, digo que se Fernando Pessoa se tivesse encontrado com o SwáSthya Yôga, teria também aprendido a dançar, tornando-se num digno discípulo de Shiva Natarája.</span></div><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span> </div><div align="right"><span style="font-family:arial;color:#990000;">Lina Chambel</span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5345975221848264824.post-49328430156723234352010-02-23T15:14:00.000-08:002010-02-24T10:45:13.914-08:00Generosidade e União<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimXsv734AfZmuuKUEWXknXhsoAa5fOsrtWTxmsW6Sx5Yfqrv-Dv8_nHyDZWpu-c-Wrox1n3ZCnMNx2kFBdljVVcx8ZHOXQSdg0vmmtJOBL2rzCdeTbj4IXhlyUg0PFlgoyLWdCmjn1oRHo/s1600-h/love.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 160px; FLOAT: left; HEIGHT: 120px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441882069180304738" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimXsv734AfZmuuKUEWXknXhsoAa5fOsrtWTxmsW6Sx5Yfqrv-Dv8_nHyDZWpu-c-Wrox1n3ZCnMNx2kFBdljVVcx8ZHOXQSdg0vmmtJOBL2rzCdeTbj4IXhlyUg0PFlgoyLWdCmjn1oRHo/s200/love.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330099;">Generosidade é um conceito com múltiplas possibilidades de entendimento. Aquele que escolho para esta reflexão, é o que pretendemos desenvolver no Swásthya Yôga, que não prevê reconhecimento nem recompensa. Trata-se de dar o que se tem de melhor, sem esperar retorno.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;color:#330099;">Este conceito pressupõe compreensão e amor profundo. Inclui compaixão - um termo que tende a ser entendido no mundo ocidental com algumas conotações negativas, acrescentadas pela cultura que nos envolve. Compaixão, tal como a entendo, é um sentimento que nos aproxima de tal forma da entidade que o desperta, que nos faz sentir do mesmo modo que ela, sem a distância entre o observador e o observado. Esta idéia parece até estranha, numa cultura que incentiva a expressão da individualidade e a afirmação pela diferença.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330099;"></span></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330099;">Yôga significa união: connosco próprios, com todos os seres que nos rodeiam, com a natureza, e com o cosmos. Percebe-se, então, que para evoluir no Yôga, não basta desenvolver de forma exímia as técnicas prescritas. É necessário acompanhá-las de uma consciência cada vez maior do mundo que nos rodeia e dos laços indissociáveis que nos ligam a ele. A compaixão associa-nos de modo estreito a tudo o que nos envolve, fazendo cair as barreiras que presidem ao acto de julgar. Este é um factor importante, já que sempre que colocamos o nosso julgamento face a um acontecimento ou a um ser, nos afastamos dele. Aproximando-nos o suficiente, a generosidade eclode naturalmente dentro de nós.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330099;"></span></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330099;">Fui compreendendo com o tempo que crescemos em união. Uma família é mais forte do que um indivíduo; um grupo tem mais força do que uma família e assim sucessivamente, passando pelo país, raça, humanidade, planeta e cosmos. À medida que subimos a escadaria, a força aumenta proporcionalmente. E é de tudo isso que fazemos parte integrante. No final, se quisermos, cada um de nós é património do cosmos e o cosmos é o nosso património. </span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330099;"></span></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330099;">Quando as relações são encaradas com este grau de intimidade, o carinho que nutrimos por tudo o que nos rodeia brota espontaneamente, com verdade, e manifesta-se em generosidade incondicional. </span></div><div align="justify"><span style="color:#330099;"></span></div><div align="right"><span style="color:#000099;">Lina Chambel</span></div>ADY - Associação de Yôga do Estorilhttp://www.blogger.com/profile/16198545018539697521noreply@blogger.com0