29 dezembro 2010

Quase a fechar 2010


2010 foi o primeiro ano completo de actividades da ADY. Somos um grupo ainda pequeno, que vai crescendo devagar, mas de forma coesa, como uma verdadeira família. Vamos estreitando laços e alargando-os a outros que pensam e sentem de forma idêntica à nossa.
Foi exactamente assim que sonhei este projecto. Rejeitei desde o início a ambição de construir um espaço com foco no lucro e recusei também despesas pesadas e encargos financeiros que me obrigassem a angariar praticantes a todo o custo, a qualquer preço, de forma acelerada. Claro que temos uma renda considerável, mas ela vale o prazer de praticar num local tão bonito e aberto, com um horizonte azul, de céu e mar a perder de vista.

O importante são mesmo as pessoas. Fundamental é cada um dos elementos do grupo, bem como a força que geramos todos juntos. Estamos aqui para crescer, para evoluir como seres humanos. Queremos melhorar a nossa forma física, mas também queremos conquistar mais consciência de nós próprios, dos outros e do mundo que nos rodeia. Queremos estar mais atentos, disponíveis, tolerantes, gentis, alegres e capazes para todos os projectos das nossas vidas.

É um privilégio fazer parte de um grupo que caminha no mesmo sentido e nos apoia no nosso percurso individual. Se um de nós estender a mão, outras se estenderão para a segurar, dando-nos confiança e a segurança necessária para nos podermos aventurar por trilhos inexplorados. O mero convívio com pessoas de «cabeça aberta» é bastante para nos inspirar a aceitar as diferenças, mudar os nossos paradigmas e reciclar comportamentos, idéias, sentimentos e perspectivas.

A vida é uma aventura maravilhosa, mas é como um filme sem guião. Não podemos repetir cenas, voltar atrás, retocar, muito menos substituir personagens. É certo que nos vamos enganar nas deixas com frequência, errar a movimentação em cena, perder o tempo da acção e entrar no cenário errado. E a câmara não pára de rodar... Tudo fica mais fácil se pudermos contar com um bom elenco de actores, com a capacidade suficiente para se reinventar e nos apoiar, com boa disposição e carinho.

É tudo isso que quero agradecer à família ADY no balanço deste ano de actividades. O meu sonho está a concretizar-se porque outras pessoas também o sonharam. Acredito que mais virão e serão recebidos de braços abertos, como companheiros de viagem, independentemente da duração do percurso.

Deixo aqui expresso o meu carinho para cada um dos praticantes da ADY, bem como o desejo de que em 2011 a prática de SwáSthya lhe permita viver de forma cada vez mais intensa e consciente, com determinação, coragem e um amor profundo.

SwáSthya!
Lina Chambel